Em momentos de aperto financeiro, a alternativa de sacar dinheiro na função crédito pode parecer rápida e prática. No entanto, essa escolha esconde custos e armadilhas que impactam diretamente seu bolso e sua tranquilidade.
O saque no crédito acontece quando você utiliza o limite do cartão para retirar dinheiro em espécie, em vez de sacar de uma conta corrente ou poupança. Esse valor torna-se uma dívida imediata com a operadora do cartão, similar a uma compra parcelada, mas com condições muito menos vantajosas.
Ao optar por essa modalidade, você não recebe um empréstimo tradicional, mas sim um adiantamento de recursos sem garantia, com juros e tarifas elevados. Por essa razão, o saldo sacado entra automaticamente no rol de encargos da fatura, muitas vezes ultrapassando a capacidade de pagamento do consumidor.
Além dos juros cobrados, cada instituição financeira aplica tarifas fixas por saque. No caso de saques na função crédito, esses valores podem ser ainda maiores ou serem somados a encargos adicionais sobre o montante extraído.
Por exemplo, bancos como o Santander cobram R$ 3,70 a R$ 4,50 por saque em atendimento presencial, após o limite gratuito. Já o Sicredi cobra R$ 3,00 por atendimento e R$ 2,00 em autoatendimento, também depois de exaurido o benefício mensal.
Se você realizar o saque na função crédito, prepare-se para ver no extrato encargos que podem incluir:
Essa comparação revela de forma clara que o saque no crédito rotativo está entre as opções mais onerosas do mercado, mais que triplicando o custo de outras linhas de crédito.
As instituições financeiras consideram o saque no crédito uma operação de alto risco, já que não existe garantia ou desconto automático em folha de pagamento. Trata-se de um adiantamento livre, sem comprovação do uso dos recursos, o que eleva a probabilidade de inadimplência.
Mesmo após regulações que tentaram limitar o crédito rotativo, as taxas seguem elevadas, refletindo a precificação de risco das operadoras e a falta de mecanismos eficazes de controle.
Quando você opta pelo saque no crédito, assume obrigações que podem se tornar insustentáveis em curto prazo. A seguir, os principais problemas:
Antes de recorrer ao saque na função crédito, conheça opções que podem oferecer condições muito mais vantajosas:
Para evitar que pequenas necessidades se transformem em dívidas impagáveis, siga as dicas abaixo:
Ao compreender o real custo do saque no crédito e explorar alternativas mais seguras e econômicas, você retoma o controle do seu orçamento e evita um ciclo de dívidas que comprometa seu futuro.
Adotar hábitos financeiros conscientes, conhecer suas opções de crédito e agir com planejamento são passos fundamentais para manter a saúde financeira em dia. Lembre-se: cada escolha hoje impacta diretamente sua qualidade de vida amanhã.
Referências