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Evite sacar dinheiro no crédito: o custo é altíssimo

Evite sacar dinheiro no crédito: o custo é altíssimo

25/06/2025 - 21:38
Fabio Henrique
Evite sacar dinheiro no crédito: o custo é altíssimo

Em momentos de aperto financeiro, a alternativa de sacar dinheiro na função crédito pode parecer rápida e prática. No entanto, essa escolha esconde custos e armadilhas que impactam diretamente seu bolso e sua tranquilidade.

O que é o saque no crédito?

O saque no crédito acontece quando você utiliza o limite do cartão para retirar dinheiro em espécie, em vez de sacar de uma conta corrente ou poupança. Esse valor torna-se uma dívida imediata com a operadora do cartão, similar a uma compra parcelada, mas com condições muito menos vantajosas.

Ao optar por essa modalidade, você não recebe um empréstimo tradicional, mas sim um adiantamento de recursos sem garantia, com juros e tarifas elevados. Por essa razão, o saldo sacado entra automaticamente no rol de encargos da fatura, muitas vezes ultrapassando a capacidade de pagamento do consumidor.

Como funcionam tarifas e taxas

Além dos juros cobrados, cada instituição financeira aplica tarifas fixas por saque. No caso de saques na função crédito, esses valores podem ser ainda maiores ou serem somados a encargos adicionais sobre o montante extraído.

Por exemplo, bancos como o Santander cobram R$ 3,70 a R$ 4,50 por saque em atendimento presencial, após o limite gratuito. Já o Sicredi cobra R$ 3,00 por atendimento e R$ 2,00 em autoatendimento, também depois de exaurido o benefício mensal.

Se você realizar o saque na função crédito, prepare-se para ver no extrato encargos que podem incluir:

  • Tarifa pelo serviço de adiantamento de dinheiro
  • Juros rotativos aplicados ao valor sacado
  • Possível acréscimo de outros encargos administrativos

Comparação de juros em diferentes modalidades

Essa comparação revela de forma clara que o saque no crédito rotativo está entre as opções mais onerosas do mercado, mais que triplicando o custo de outras linhas de crédito.

Por que os juros são tão altos

As instituições financeiras consideram o saque no crédito uma operação de alto risco, já que não existe garantia ou desconto automático em folha de pagamento. Trata-se de um adiantamento livre, sem comprovação do uso dos recursos, o que eleva a probabilidade de inadimplência.

Mesmo após regulações que tentaram limitar o crédito rotativo, as taxas seguem elevadas, refletindo a precificação de risco das operadoras e a falta de mecanismos eficazes de controle.

Principais riscos e consequências

Quando você opta pelo saque no crédito, assume obrigações que podem se tornar insustentáveis em curto prazo. A seguir, os principais problemas:

  • Endividamento rápido e efeito “bola de neve”, com aumento exponencial da dívida
  • Dificuldade de quitar o valor integral e baixo impacto no score de crédito
  • Risco de negativação do nome e perda de acesso a linhas de crédito mais baratas
  • Ansiedade e estresse gerados pela sensação de descontrole financeiro

Alternativas mais baratas

Antes de recorrer ao saque na função crédito, conheça opções que podem oferecer condições muito mais vantajosas:

  • Crédito consignado, especialmente para servidores e beneficiários do INSS
  • Empréstimos pessoais com análise de Custo Efetivo Total (CET)
  • Negociação e parcelamento de dívidas já existentes junto ao credor

Recomendações práticas para proteger suas finanças

Para evitar que pequenas necessidades se transformem em dívidas impagáveis, siga as dicas abaixo:

  • Planeje seu orçamento mensal e mantenha uma reserva de emergência
  • Consulte sempre o valor atualizado das tarifas e do CET antes de contratar
  • Sempre quite o valor integral da fatura para não entrar no rotativo
  • Busque orientação financeira e compare propostas antes de decidir

Ao compreender o real custo do saque no crédito e explorar alternativas mais seguras e econômicas, você retoma o controle do seu orçamento e evita um ciclo de dívidas que comprometa seu futuro.

Adotar hábitos financeiros conscientes, conhecer suas opções de crédito e agir com planejamento são passos fundamentais para manter a saúde financeira em dia. Lembre-se: cada escolha hoje impacta diretamente sua qualidade de vida amanhã.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fábio Henrique, 32 anos, é redator no sempresantos.com.br, especializado em finanças pessoais e crédito.