Em um mundo cada vez mais digital, o Open Finance traz conveniência e flexibilidade para os consumidores, mas também impõe desafios sérios em termos de segurança. Para evitar transtornos financeiros, é fundamental entender como funciona o processo de autorização e quais cuidados devem ser adotados antes de fornecer qualquer informação.
Este guia completo esclarece os principais riscos, a regulamentação vigente e as melhores práticas para que você mantenha o controle total do seu patrimônio e evite golpes.
O conceito de Open Finance permite que bancos e fintechs compartilhem informações financeiras de um usuário mediante autorização. Essa troca de dados viabiliza ofertas personalizadas, melhores condições de crédito e soluções mais ágeis.
No entanto, o processo só pode ocorrer com consentimento explícito do titular e deve ser executado por meio dos canais oficiais do banco, como o aplicativo ou o Internet Banking. Nunca confie em solicitações por e-mail ou mensagem de texto sem checagem prévia junto à sua instituição.
Embora o objetivo seja otimizar serviços, o aumento na circulação de informações bancárias pode gerar ameaças reais:
Para minimizar os problemas acima, o Brasil conta com marcos legais robustos:
A Lei Geral de Proteção de Dados obriga as empresas a adotarem práticas rigorosas de segurança e prevê sanções pesadas em caso de descumprimento. O Banco Central atua na fiscalização do Open Finance e pune instituições que desrespeitam a privacidade do consumidor.
Além disso, a antiga Lei do Sigilo Bancário permanece em vigor, garantindo que as informações não sejam compartilhadas sem autorização clara e documentada.
O compartilhamento de informações financeiras deve seguir etapas bem definidas para reduzir vulnerabilidades:
O usuário escolhe quais dados liberar — seja nome, endereço, histórico de crédito ou movimentações bancárias — e determina por quanto tempo o consentimento ficará ativo: três, seis ou doze meses. Após esse prazo, a permissão expira automaticamente.
O processo acontece por meio de APIs seguras, de modo que os dados não trafeguem de forma aberta. É essencial verificar sempre se o site ou app utilizado possui certificados de segurança válidos.
Para manter suas finanças protegidas, adote as seguintes recomendações:
Muitos brasileiros ainda desconhecem os direitos relacionados ao uso de dados, tornando-se alvos fáceis de esquemas fraudulentos. Por isso, é crucial investir em campanhas educativas que expliquem, de forma simples, como funciona o Open Finance e quais são os cuidados indispensáveis.
Bancos e fintechs têm a responsabilidade de oferecer informações claras e acessíveis sobre processos de consentimento, riscos inerentes e canais de denúncia em caso de uso indevido.
O compartilhamento de dados bancários é um direito seu, mas deve ser sempre uma escolha consciente. Antes de autorizar qualquer movimento:
Com essas práticas, você aproveita as vantagens do Open Finance sem comprometer a segurança das suas finanças. Mantenha-se informado, vigilante e no controle total dos seus dados bancários.
Referências